Sim, eu chorei. Eu sei que já era esperado e que ele enfrentava problemas de saúde. Mas é sempre difícil. Uma pessoa que não conhecia pessoalmente, que não era da minha família, mas que sempre esteve presente na minha vida e de muitas outras pessoas. Por isso, sim, eu chorei.
Chaves vem marcando gerações. Rimos, e também choramos, revendo o mesmo episódio dezenas de vezes, e isso tudo como se fosse a primeira vez, mesmo quando muitas vezes já falássemos as frases antes mesmo dos personagens. Com ele, além de termos gargalhadas garantidas, aprendemos o valor da amizade e em dar valor a nossa vida. Era um tempo em que o politicamente correto permitia que amigos sacaneassem os outros, sem que tudo isso fosse caracterizado como bullying. Era apenas uma gozação de crianças. Mas todos ali, quando a coisa apertava e alguém realmente precisava de ajuda, estendiam a mão. Assim como Chapolin Colorado. Um herói atrapalhado, medroso, mas que sempre conseguia ajudar a quem o chamava e garantia que somente os bons podiam segui-lo. Roberto Bolaños se destacou pela simplicidade, pela pureza dos personagens. Irei continuar atenta de olho na tv e me divertindo muito com eles. Bolaños deixou sua marca e tenho a certeza que muitas outras gerações ainda irão se apaixonar por Chaves, Chapolin e cia.
Vai com Deus. Que aonde estiver tenha muito sanduíche de presunto, com suco de limão que parece tamarindo e tem gosto de groselha e churros de sobremesa.