Se alguém tinha dúvidas sobre a confiança de acusados e conenados por crimes financeiros na justiça brasileira, pôde tirá-las com a volta do ex-banqueiro Salvatore Cacciola ao país, depois de dez meses de prisão em Mônaco, onde foi capturado. Ao desembarcar em território nacional, após umas "férias" de OITO anos, conquistadas quando saiu da prisão com um habeas corpus concedido pelo mesmo Supremo Tribunal Federal (STF) que livrou Dantas e outros acusados de prisão há alguns dias, Cacciola não parecia se preocupar muito com a sua situação. E na verdade, ele não tem muitos motivos para aumentar seus cabelos brancos mesmo..
Condenado há 13 anos por uma fraude bilhionária, o ex-banqueiro conseguiu voltar com o benefício de não ser algemado, mesmo sendo um condenado foragido, e de conversar com a sua defesa reservadamente. Ao chegar, declarou confiar na justiça brasileira, e ao contrário do que parece, e do que todos dizem, ele afirmou não ser um foragido, afinal, foi para Itália com passaporte carimbado. Cacciola tem razão de estar tranquilo. Como alguém, beneficiado com habeas corpus, mas condeando, consegue deixar o Brasil desta forma: pela porta da frente?
O sorriso que ele esboçou na sede da PF no Rio demonstra a confiança de que sua estada atrás das grades tem prazo de validade, mesmo tendo desviado mais de um bilhão e fugido do país, e que viveu muito bem durante esses anos com dinheiro público..
Esse sorriso é uma ofesa ao povo brasileiro..
Não parece, nem aqui, nem em Mônaco, que ele está indo para a cadeia..Olha o sorrisão!!