Um
jovem esses dias foi detido após furar um bloqueio da Operação Lei Seca e bater
de moto em uma viatura policial. Além disso, ele portava maconha.
O
que mais chama atenção e causa indignação neste caso? Ele, William Bonfim Nobre Freitas, de 24 anos, é um dos agressores do morador
de rua e do jovem que o defendeu no início do ano na Ilha do Governador.
Só
me vem uma palavra em mente: impunidade. Após espancar e quase matar Vitor Suarez Cunha, de 21 anos, ele ficou preso? (que seria o que
deveria acontecer com alguém que comete uma tentativa de homicídio). Não. Ele
foi punido pelo crime com medidas alternativas. Acho que neste caso a palavra
punição é até forte demais, levando em conta o crime e o castigo. Dizer que ele
foi agraciado com essa pena acho que cabe melhor neste caso.
Alguns meses depois, a detenção. Novamente a pergunta. Ele
ficou preso? Claro que não. Porque ficaria já que, segundo a lei, ele somente
cometeu direção perigosa (furar o bloqueio e bater em uma viatura se resume a
isso?), porte de droga e desobediência (palavra que mais se associa a nossos
pais quando não seguimos suas ordens).
Até hoje o jovem espancado por William e sua turma está em
recuperação, tendo passado por inúmeras cirurgias, os moradores de rua, vítimas
fáceis dessas gangues, seguem em perigo constante, e os agressores continuam
aprontando das suas.
O que precisa acontecer para que pessoas como ele sejam
presas e paguem pelos seus crimes? Alguém morrer?
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